Resultado e análise do Censo da ABR


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A ABR disponibilizou agora pouco o resultado do censo realizado até o último dia 31 de outubro. Confira so números!

Fiz algumas observações a respeito dos números do censo, não sei se é o pensamento geral, mas acho que ajuda a mostrar a realidade por trás dos números. O espaço está aberto para os seus comentários.

Clique duas vezes na imagem para ampliar.

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Abaixo a lista de equipes que não responderam, incluindo equipes que reconhecidamente participam de campeonatos no cenário nacional, como Javalis de Bauru, Engenharia Mackenzie, Rugby XI (Direito Saõ Francisco, que integra o Barbarians Universitários), Antiqua, Bagatelle, Teresina e Mamutes.

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Avaliando os números do censo, pode-se chegar à algumas conclusões:

– a grande maioria dos clubes vive na completa informalidade por asism dizer, pois não é filiada à ABR (80%) ou à Federações Regionais (60%), além de não possuírem estatutos e apoio jurídico (62% e 61% respectivamente), ou seja, não existe no que diz respeito à lei.

– a grande maioria dos clubes dependem de parcerias com a prefeitura de sua cidade para se manter (65%) e não possui ao menos uma sede (78%) ou um profissional de educação física certificado para prover treinos com maior embasamento técnico (73%)

– Necessita de apoio técnico e quer participar de iniciativas que ajudem na melhoria da equipe (90% e 93%)

– A imensa maioria dos clubes ainda se concentra em São Paulo (com 39% dos clubes e 48% dos jogadores), mas nota-se uma maior distribuição no restante do país, com o destaque para o crescimento da região sul do país. Não se ouviam muitos clubes da região à 5 anos atrás, e agora tem uma boa representatividade quantitativa.

– Me surpreendeu o número de árbitros e candidatos à cursos de arbitragem. Acho que é um volume mais que suficiente para podermos contar com pessoas habilitadas em todo o país, oficialmente conhecedora das Leis do Jogo e capazes de elevar a qualidade das partidas.

– Dado preocupante: o número de praticantes nas categorias inferiores é muito pequeno, indicando que a maioria dos jogadores inicia já em fase adulta, o que prejudica a sua evolução. Quanto mais cedo começam, mais preparados fisica, tecnica e psicologiamente serão esses jogadores. São necessárias ações efetivas para fomentar a prática do Rugby entre as crianças em idade escolar.

Ou seja, o perfil de um clube médio no Brasil, se comparado à uma pessoa, seria um adulto analfabeto, sem teto, sem RG, sem recursos financeiros, sem instrução e vivendo em São Paulo, o que de certa forma, não deve ser surpresa para ninguém, mas quando fazemos essa analogia, pega mal. O importante é que esse cara sem sorte na vida quer mudar a sua situação, e agora que a ABR sabe com quem está lidando, saberá (espero) direcionar as suas poucas forças de modo a garantir o crescimento do esporte no país, aumentando a musculatura dos seus clubes, que são o maior retrato do estado do esporte.

Parabéns mais uma vez à ABR pela iniciativa,  e que possamos ver os frutos no futuro próximo.

8 Respostas

  1. Excelente leitura dos dados, HP!

    Abraços

  2. Dados muito reveladores. Gostaria de ver a relação dos clubes que responderam ao censo. Ficaria com uma ideia não apenas dos clubes que “não existem”, por omissão, e também dos que existem mesmo e dos que estão interessados em existir…

    • A relação estava no site da ABR Manuel, talvez nas notícias mais antigas no site da ABR, seja possível ver…

      abs

      HP

  3. Não me fiz entender. O que eu gostaria de ver é a lista dos clubes que responderam a este inquérito. Pela sua lista ficámos a conhecer os que não responderam. Quais são os que responderam?

  4. Deve ter ocorrido algum erro, pois eu mesmo mandei o censo do Bagatelle, e o mesmo não foi incluído.

    Provavelmente alguem não contabilizou nosso time, uma falha muito grande

    • Não é o primeiro caso Muralha, o pessoal do antiqua reclamou do mesmo problema…vou tentar apurar com a ABR o que ocorreu

      abs

      HP

  5. Os times que estão incluidos neste resumo do censo são os que estão na seção “onde jogar”.

    No caso, o Antiqua está dentro do censo e no site, já o Bagatelle não foi encontrado a planilha… Favor mandar email para secretaria@brasilrugby.com.br

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