O Hall da Fama da IRB (International Rugby Board) cresceu mais um pouco nesta semana. Mais nove lendas do rugby mundial passaram a integrar o seleto grupo dos jogadores, entusiastas, clubes e instituições homenageadas pela entidade máxima do esporte. Veja o histórico do Hall da Fama e os homenageados de 2009.
A IRB criou o Hall da Fama em 2006, nomeando os dois primeiros homenageados. Obviamente que foram eles o inglês William Webb Ellis e a Rugby School, criador e instituição onde nasceram o rugby, de acordo com a tradição.
Em 2007, passaram a integrar o Hall da Fama:
– o Barão Pierre de Coubertin, francês idealizador dos Jogos Olímpicos, que era árbitro e um verdadeiro entusiasta do rugby;
– Sir Wilson Whineray, pilar neozelandês capitão dos All Blacks das décadas de 1950 e 1960, tido por muitos como o maior da história do rugby do país;
– Danie Craven, scrum-half sul-africano que atuou pelos Springboks nos anos de 1930, e depois se tornou técnico da seleção nos anos 40 e 50. Posteriormente, se torou presidente da União de Rugby Sul-Africana, sendo tido como um dos ícones máximos do rugby do seu país;
– Gareth Edwards, “o Príncipe”, scrum-half do País de Gales nos anos de 1960 e 1970, e dos British & Irish Lions nos anos 70, sendo tido por muitos não só como o maior jogador da história de Gales, como talvez da historia do rugby union. Autor de um dos mais belos tries da história do rugby, em jogo defendendo os Barbarians;
– e John Eales, segunda linha dos Wallabies de 1991 a 2001, o capitão mais bem-sucedido da história da Austrália.
Em 2008, a IRB nomeou:
– a equipe dos New Zealand Natives, de 1888-89, e Joe Warbrick, idealizador da equipe. Os Natives foram a primeira equipe de neozelandeses de origem maori a realizar uma turnê pelo mundo. Foram à Europa e à Austrália, jogaram tanto rugby como futebol australiano, em um total de 107 partidas, vencendo 78 delas. Foram um ícone da identidade maori no esporte;
– o Melrose RFC, clube escocês que criou a modalidade do Seven-a-Side, em 1883, bem como o seu mentor, Ned Haig;
– Jack Kyle, abertura da Irlanda das décadas de 1950 e 1960, e dos British and Irish Lions de 1955;
– Hugo Porta, grande abertura argentino que defendeu os Pumas de 1971 a 1990;
– e Philippe Sella, centro que atuou 111 pela seleção francesa, de 1982 a 1995.
Agora, em 2009, a IRB nomeou mais nove grandes nomes. São eles:
– Bill Maclagen, 3/4 escocês que defendeu sua seleção entre os anos de 1870 e 1890, e capitaneou os British & Irish Lions em 1891, o primeiro tour da história do selecionado britânico à África do Sul;
– Barry “Fairy” Heatlie, segunda linha capitão dos Springboks nas décadas de 1890 e 1900, sendo o idealizador do tradicional uniforme verde da África do Sul. Atuou também pela seleção da Argentina, em 1910;
– Bennie Osler, abertura sul-africano que defendeu os Springboks nas décadas de 1920 e 1930, tido como um dos maiores jogadores da história de seu país – sendo que muitos o consideram o maior. Foi famoso por seu jogo de chutes e visão tática fora do comum;
– Cliff Morgan, scrum-half galês das décadas da década de 50 e membro do time dos British & Irish Lions de 1955, que enfrentou os Springboks. Tornou-se depois comentarista de rugby de rádio e de TV na BBC, sendo um dos maiores idealistas do rugby fora de campo;
– Tony O’Reilly, fantástico ponta irlandês das décadas de 50 e 60, que atuou também nos tour dos British & Irish Lions de 1955 e 1959;
– Frik du Preez, segunda linha e asa sul-africano que atuou pelos Springboks de 1961 a 1971, foi nomeado peloas trocedores o jogador sul-africano do século XX;
– Sydney Millar, pilar da Irlanda e dos British & Irish Lions de 1959, 1962 e 1968. Notabilizou-se como grande técnico, dirigindo os Lions em 1974 – quando derrotaram os Springboks, e em 1980. Dirigiu a Irlanda na Copa do Mundo de 1987 e se tornou dirigente da União Irlandesa de Rugby;
– Willie John McBride, segunda linha da Irlanda nas décadas de 1960 e 1970. Defendeu os British & Irish Lions em 5 tours, um record: 1962, 1966, 1968, 1971 e na brilhante campanha de 1974, quando foi o capitão da seleção que derrotou a África do Sul, naquela que é tida como a maior campanha da história dos Lions;
– e Ian McGeechan, abertura e centro da Escócia nos anos de 1970, e membro dos British & Irish Lions de 1974 e 1977. Foi técnico dos Lions nos tours de 1989, 1993, 1997, 2005 e 2009, e dirigiu o London Wasps em seu último título de Heineken Cup.
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